A Mediunidade no Candomblé, Umbanda e Kardecismo – final

CANDOMBLÉ

TERCEIRA PARTE.

            O
Candomblé foi fundamentado por africanos de vários lugares trazidos como
escravos para o Brasil. Nas senzalas, os senhores reuniam escravos de lugares
diferentes para que não corressem o risco de rebelião, pois não falavam a mesma
língua.

Rota dos escravos africanos para o Brasil
             Roubaram
tudo destes povos principalmente a liberdade, mas não conseguiram tirar deles a
Fé em seus Inkíces, Orixàs, Voduns e graças ao Sincretismo com o Catolicismo os
Deuses Africanos sobreviveram até hoje.

      

Culto Africano na Senzala

        A
palavra Candomblé significa Dança, reunião para dançar. Os negros se reuniam
quando seus senhores permitiam e faziam uma roda onde cantavam e dançavam para
seus Deuses, lembrando-se da Terra tão distante.

             As nações
mais conhecidas e cultuadas são : Angola, Ketu e Gege. Mas temos também ….
Ifon, Achanti, Batuque no Sul do País.

             Os Orixás
podem mudar de nome de um lugar para o outro, mas como são forças da Natureza
são na realidade  um só. Água é Água em
qualquer lugar, Vento é Vento em qualquer lugar, Fogo é Fogo em qualquer lugar,
Ar é Ar em qualquer lugar e Terra é Terra em qualquer lugar. Portanto se cultua
os mesmos Deuses com nomes diferentes.

             O
Candomblé tem um período de iniciação, muitos preceitos, muito fundamento ou
seja, conhecimentos sobre a Natureza, Oráculos, Danças, Rezas, Oferendas. O
médium no Candomblé tem que cuidar primeiramente de seu Orixá, conhece-lo,
trata-lo.

            O Orixá é nosso Anjo da Guarda dos Católicos.
Quem nos guia nos protege, nos orienta através do jogo de búzios.

             Para
saber qual seu Orixá, é preciso que se abra o jogo de búzios e se for necessário
o médium tenha que se desenvolver, ele entrara para casa e será um Abiã
(iniciante). Depois poderá se iniciar e será um Yawo , após sete anos será um
Ebomy isto se tiver concluído o ciclo de obrigações de 1 2 3 4 5 e 7 anos.

              Algumas
casas de Santo tem toques para Catiço , isto quer dizer incorporam com caboclos
Boiadeiros e alguns Gentileiros , estes caboclos de pena que seguem o ritual de
danças e cantos do Candomblé o que é diferente da Umbanda.

               A mais
antiga casa de Santo é o Ilê Axé Iyá Nassô Oká  
Casa Branca do Engenho Velho na Bahia, de onde se originaram outras
casas antigas como Ilê Apô Afonjá e Gantois.

 
Ilê Iyá Nassô Oká – Casa Branca
Ilê Apô Afonjá



Gantois



Outra casa muito antiga é o Bate Folha nação Angola assim
como o Tumba Jussara na Bahia e a Casa de um dos mais famosos zeladores
Joãozinho da Goméia no Rio de Janeiro da nação Angola.



 
Bate Folha
               
Tumba Jussara

O
Candomblé tem passado por modificações , uma delas é a africanização . Muitos
zeladores tem ido á África em busca de conhecer melhor a raíz  do culto, mas se esquecem que os Orixás
aceitaram nossa Terra e se adaptaram com os Axés aqui encontrados. Por tanto a
meu ver, nunca deixaremos de ser uma religião Afro Brasileira.            

                  O
médium que for se desenvolver em numa casa de Santo, tem que saber que a
hierarquia é fundamental para o Culto. Respeitar seu Zelador (a) respeitar os
mais velhos, cumprir com suas obrigações com seu Orixá e com a casa. Ter bom
caráter, honestidade, humildade, compromisso, ser leal e Amar seu Orixá.

            ORIXÁ NOS
ACOMPANHA, NÃO INTERFERE EM NOSSAS ESCOLHAS.

Mãe Solange

Este post tem um comentário

  1. Unknown

    👏👏👏👏 adupe pelo esclarecimento!

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